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22/09/2017

Brasil tem mês com maior número de queimadas da história

14/09/2017

Mês de setembro tem mais de 240 casos de queimadas por dia na Grande SP

Curiosidade do mês:

Mês de SETEMBRO: Queimadas 

As queimadas que se espalham pelo País afetam diretamente a vida dos animais silvestres.

Elas geram a extinção de espécies ou sua

drástica redução, além da adaptação forçada

a um novo habitat. O biólogo Léo Gondi,

analista ambiental do Instituto Chico

Mendes de Conservação da Biodiversidade

(ICMBio), alerta que os efeitos das

queimadas também pesam sobre os recursos

hídricos e a vegetação como um todo.

Nos últimos dias, especialistas da Floresta

Nacional de Brasília (Flona) e agentes da

Polícia Ambiental resgataram várias espécies,

de pássaros raros a tatus e tamanduás.

O biólogo Léo Gondi afirmou que os impactos a médio e longo prazo são assustadores.

Segundo Gondi, o animal silvestre, quando tem seu território destruído, sai em busca de outro local para viver. Quando o encontra e o local está sob domínio de espécies distintas ou até mesmo de animais da sua espécie, surge uma disputa por espaço. De acordo com ele, os animais passam a se enfrentar e sobrevive o mais forte. "A média de uma queimada a cada dois anos é ruim para manter a sobrevivência das espécies", advertiu.

A queimada é muito rápida. Em menos de 20 minutos quase cinco hectares de cana são queimados. No meio das chamas, a equipe do Jornal Hoje encontrou um tatu vivo. Desorientado, ele não sabe para onde correr e a couraça estava toda chamuscada.

Na manhã seguinte, quando os boias-frias

chegam para cortar a cana, descobrem o tamanho

do estrago. O ouriço não resistiu aos ferimentos

e morreu pouco depois. O mesmo aconteceu com

o tamanduá-mirim, que já estava cego quando foi

encontrado. Os três filhotes de onça parda ficaram

muito queimados e só dois sobreviveram.

Um cachorro-do-mato correu para a estrada e foi

atropelado.

No ano passado, uma associação que cuida de

animais selvagens recebeu mais de 150 vítimas de incêndios. Só 45 sobreviveram. Muitos viviam em reservas de preservação ambiental, destruídas por queimadas feitas em canaviais vizinhos.

Para se proteger do fogo, as aves estão mudando de comportamento. Segundo os biólogos, algumas espécies conseguiram até antecipar em três, quatro meses o ciclo de reprodução. “Elas já estão fazendo ninho e começando a colocar os ovos agora no inverno, antes da entrada da primavera”, explica o biólogo Aguinaldo Marinho.

Mas nem todos conseguem se adaptar. Alguns pássaros, como a siriema e o gavião nem tentam mais procriar. “Às vezes, elas passam um, dois anos, sem fazer a postura e chocagem de ovos, porque sabem que se continuar assim, se um filhote nascer, não vai sobreviver”, relata.

Muitos bichos fogem para as cidades, onde são atacados por cachorros ou moradores. Afinal alguns são perigosos. Segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, os ataques de cobras, aranhas e escorpiões mais que dobraram na última década. Em 2000 foram sete mil ataques. Em 2010 o número saltou para 14 mil.

Só uns poucos refugiados são bem acolhidos, como uma rolinha que vive num quintal ou um beija-flor que construiu o ninho na sala de uma casa.

A lei manda que as usinas façam uma varredura no canavial antes de atear fogo, para espantar os bichos da área, mas muitos não fazem isso. E os animais não são as únicas vitimas. Só em São Paulo, no ano passado, três trabalhadores rurais morreram em queimadas.

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