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30/03/2017

Cão é 'babá' de filhotes de tigre em zoológico nos EUA

12/04/2017

Zootecnista fala sobre cuidados com animais em zoológicos

BEM ESTAR ANIMAL

 


 

 

 

 

 

 

 

 

Bem-estar é um termo de uso comum há 

muito tempo presente nas sociedades 

humanas. A definição de bem-estar animal 

(BEA) está diretamente relacionada com a 

qualidade de vida do animal, que envolve 

determinados aspectos referentes à saúde, à

felicidade e à longevidade.Uma definição muito aceita é a que tem como base as cinco liberdades dos animais:

 

 

 

 

 

 

 

A aplicação do conceito das cinco liberdades é plenamente possível no manejo de animais selvagens em cativeiro e certamente representa um bom parâmetro para se avaliar a “qualidade de vida” de um animal cativo. A primeira liberdade (Livre de sede, fome e má nutrição.) parece óbvio. Não é raro se ouvir a frase, “os animais estão bem tratados, pois são bem alimentados”, ou mesmo “meu cachorro é feliz, pois come do bom e do melhor e mora dentro de casa”. Embora pareça simples, a nutrição dos animais selvagens é tema complexo e envolve o seu entendimento enquanto ciência, que se propõe a prover nutrientes específicos em proporções adequadas para uma grande diversidade de animais selvagens, com diferentes tratos digestórios e estruturas anatômicas de preensão de alimentos.

Cabe aos técnicos de zoológico, para atender a primeira liberdade, realizarem um planejamento nutricional, com o uso de rações comerciais balanceadas ou elaborando balanceamentos das dietas para as diferentes espécies mantidas, procurando alimentos de boa qualidade (utilizando, por exemplo, frutas da época e o oferecimento de animais de biotério criados com técnicas modernas de bem-estar animal), inclusive pesquisando alimentos concentrados (rações) que possam atender às necessidades nutricionais de grupos específicos de animais.

                                                    Onça pintada lambe picolé de carne no Zoológico do Bosque dos Jequitibás, em Campinas.

 

O atendimento à segunda liberdade (livre de dor, ferimentos e doença) diz respeito à aplicação da medicina em seu conceito amplo, visando não só à cura de doenças, mas também à prevenção e à promoção da saúde dos animais, o que envolve a participação de toda a equipe do zoológico, bem como à estruturação física, com hospitais planejados e bem equipados. Recomenda-se o refinamento do diagnóstico das diferentes doenças, com estudos detalhados das causas de morte dos animais, assim como a aplicação de indicadores epidemiológicos, como, por exemplo, a taxa de mortalidade por causas preveníveis.

 

                                  Graxains do zoológico de Gramado recebem vacina contra raiva.

 

O termo da terceira liberdade (Livre de desconforto) é amplo e abrange vários aspectos, como comportamentais, mentais, sensoriais e físicos. No planejamento da elaboração de recintos, por exemplo, é de bom alvitre evitar colocar em contato grupos de animais selvagens rivais, ou mesmo presa e predador; dispor animais oriundos de biomas de mata fechada em recintos com alta incidência de luz solar; animais de hábitos arborícolas em ambientes sem poleiros; em recintos com ruídos excessivo, sem áreas de escape ou pontos de fugas (que permitam ao animal esconder-se), com odores estranhos ao conforto odorífero da espécie e com equipamentos internos não condizentes com as características físicas da espécie.

 

              

                                                          Cativeiro de Girafas em Zoológico de São Paulo  

 

Normalmente, a quarta e a quinta liberdade (Livre para expressar seu comportamento natural. Livre de medo e de estresse.) são menos percebidas, uma vez que estão relacionadas com aspectos técnicos da adaptação dos animais selvagens ao cativeiro, além de características evolutivas das espécies. Na visão do leigo, a alimentação e o espaço que o animal utiliza quando em vida livre é ilimitado, o que de fato não ocorre. Um animal selvagem vivendo em seu habitat natural tem que disputar com outros sua área de vida, o que a torna limitada, além disso, há todo o esforço e habilidades necessárias para obter seu próprio alimento. Aplicando-se o conceito das cinco liberdades aos animais selvagens de vida livre, podemos claramente perceber que algumas das liberdades podem estar comprometidas, principalmente nos habitats sob pressão antrópica. Em um contexto de expansão da população humana e de invasão (habitação e agricultura) de diversos biomas, a sobrevivência de muitas espécies em vida livre tem sido desafiante, o que qualifica o cativeiro como o último refúgio e, de certo modo, como um ambiente de fundamental importância para a conservação e preservação das espécies animais.

 

Coruja parece sorrir para a câmera em parque dos EUA (Foto: Caters New)

 

Fonte:

Livro- Tratado de Animais selvagens capitulo um. Conservação e Bem-estar Animal.

 

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/as-cinco-liberdades-e-os-tres-rs-para-o-bem-estar-animal/29018

 

meuartigo.brasilescola.uol.com.br/.../o-bem-estar-animal-as-cinco-liberdades.html

Fonte:

bio.fiocruz.br

cedipi.com.br

Tratado de Animais Selvagens Vol. 2 Cap. 59

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